quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Année difficile

                                                  Recarregando...


 Eu estou com medo, medo, sim... eu estou mesmo com medo! - Há mudanças no mundo... há um mundo em todas as mudanças, senti o peso do passado, senti o peso da mudança e também a redundância do medo. 

Eu com os meus botões e pensamentos turbulentos, sobre o fim do mesmo ou o fim de quem amamos, atormenta meu pensar...  

Um vale de lágrimas marcou o ano de 2020, a espera de um milagre para tantos e tantas... e no findar do mesmo, chegar ao dia 31 de Dezembro foi o próprio dito, miracle!

Ao colocar o sal na sua ferida, você vai se queimar, cuida-te para o vírus não te pegar, mas como? - Qual a real situação do mundo?

Qual o tipo de perdão que temos que perdoar? - O que fazer com os que amamos e não podemos ver? -E a saudade, onde fica?

Dúvidas cruéis de um novo fim, um novo fim da vida velha, qual a esperança que podemos ter para o inicio do mundo novo? - Esse que nos apavora com as incertezas de um povo e suas efêmeras questões sobre os quem os preside. 

O que tomar, como conter, quando parar? - Partiu para o tumulo solitário chamado: o seu medo.

A morte não me cai bem, deixeis para o filme!

Estou dia a dia morrendo por dentro, me sentindo com a maior coragem do mundo, de fazer o que eu nunca podia, mas agora o meu pensar condena a preguiça, me faz pensar na vida e o que eu aproveitei dela, o ar foi nos dado, e com um vírus mortal, há muitos... tirado.

2021 o ano da redenção!

Salvastes tanto Senhor, salvastes tantos e tantas, escolhestes alguns, parece-me que a dedo, e outros aqui nós estamos. 

Não me deixe morrer sem amor, não me deixe morrer sem o meu amor, não me deixe morrer sem antes agradecer por todo ar que me fora dado, sem antes agradecer aqueles que me fizeram chorar de rir e chorar de dor, sem antes agradecer os meus sonhos realizados, sem antes agradecer o dom da escrita, o dom da fala, o dom da leitura e o dom do amor por pessoas que nem me amam.

Há 06 dias respiro um ar pesado, há pouco menos de um ano, respiramos o ar da palavra medo, medo de matar, medo de morrer, medo de sofrer, medo da falta de ar, medo de não conseguir suportar as perdas e os ganhos emocionais.

Senhor, se há tragédias em mim, eu peço perdão, se eu magoei alguém, eu peço perdão, aquele que me magoou eu perdoo, pela vida fálica, subdesenvolvemos a nova linguagem da palavra amor. 

Os meus desejos, os seus, os nossos... eu ainda quero me casar, pensei que não, mas eu quero, eu ainda quero atuar nesse campo solitário que a escrita me leva, de vento em polpa, em polpas de ventos... 
Um pedacinho do céu, foi posto em meu pensar... e mais um livro eu acabo de terminar, há estrelas em meus olhos, há gratidão, há um amor imensurável no meu coração, e a resposta da vida, é a vida dando voltas e encurralando o seu coração. 

 Année difficile;

 Morienti cuncta supersunt

Senhor, tire esse silêncio de dentro de mim... estou em luto, todos estamos. 

Pater caritate


Tatyane Nicklas 

06/01/2021 

11:46 am 

 

 



 


 

 


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