"Quarenta e nove..."
Querida vida ordinária, hoje faz quarenta e nove dias, quarenta e nove dias, que eu perdi o meu rumo, perdi a minha existência, mãe, eu te perdi!
Se não bastasse todas as coisas, acabaram-se as flores que não plantei mas amava-as te enviar.
Não há nada que me cause mais dor que ter um número para te visitar, o seu número é: 49, pertences a esse novo lar. Que vazio ir te visitar e falar com o próprio ar... e sem a certeza de que está me ouvindo.
Tem dias que eu fico pensando... como é cruel tudo isso, justo hoje?
Acabou, dia dezoito foi embora, saudade da minha sanidade mental, não sei mais quem sou, eu perdi tantos e tantas, partiu o meu amor, partiu a minha vida e me partiu.
O que eu faço nesse plano tão chato sem vocês?
Meu coração é um cemitério, estou cheia de mortos dentro de mim, eu morri dia 30 de Maio de 2021, no preciso horário das 23h24 min.
Não sei como sobreviver a isso, há dor em mim, há causa sem efeito, está doendo tanto mas tanto...
Hoje está sendo um dia péssimo, parece que estou revivendo a dor, agora são duas despedidas.
Eu juro que se eu desejar alguma coisa ruim a alguém, eu desejo que essa pessoa seja eu.
Tatyane Nicklas
Dilacerando-me!
19/07/2021
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